Sala 2 Génesis

La condición de frontera disputada de nuestro territorio entre dos grandes potencias, España y el Portugal desde finales del siglo XVII con la fundación de la Colonia do Sacramento, a las cuales se agregan la presencia de las Misiones Jesuíticas y el advenimiento de las Invasiones Inglesas de 1806-7, no solo ha dejado restos materiales, como las Fortalezas Gral. Artigas (del Cerro), de Santa Teresa o el Fuerte de San Miguel, también forjó un espíritu castrense en la naciente sociedad oriental.

Como consecuencia numerosas unidades “veteranas” españolas y portuguesas tuvieron su guarnición en estas tierras. Nombres de regimientos españoles como el“Burgos” o el “Saboya”, y portugueses como el “da Colonia” o el “Sao Pedro”, dejaron su huella indeleble en nuestra historia militar.

Este esfuerzo militar desarrollado por las metrópolis europeas se fue apoyando cada vez en mayor medida en tropas integradas por combatientes criollos, oficiales y soldados nacidos en América, que realizaron el duro aprendizaje que imponía el arte militar de aquellos tiempos. Veremos entonces el surgimiento de milicias criollas tales como las de “Infantería y Caballería de Montevideo”, los “Cazadores de Montevideo”o los “Húsares Voluntarios” junto a cuerpos criollos del Ejército de Línea como el Cuerpo Veterano de Blandengues de la Frontera de Montevideo.
Pero los europeos y los criollos no son los únicos que actúan, junto a ellos, en una Banda Oriental multiracial, se encuentra:
La población indígena, con una gran presencia en dos vertientes.
Los indios guaraníes misioneros, aculturados por las Misiones Jesuitas, tendrán una gran importancia en la defensa española y luego el ejército artiguista destacándose la figura del Capitán General AndresGuacurari Artigas.
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En otro ámbito, los indígenas refractarios a la aculturación europea que habitaban la zona, siendo los más conocidos los Minuanes y Charruas, iniciada las guerras de Independencia,presentan algunos grupos que se incorporaron a las fuerzas artiguistas, destacándose entre sus caciques Manuel Artigas “El Caciquillo” cuyas fuerzas daban cobertura como avanzadas o guerrillas a las fuerzas revolucionarias.

A su vez La población afrodescendiente, esclava o liberta, formaba una importante presencia en de la población al constituir Montevideo un puerto autorizado para el tráfico esclavista. Presentes en las milicias españolas como libertos, iniciada las luchas libertadoras muchos de sus integrantes se incorporaron a la revolución, formando milicias y el Batallón de Libertos Orientales y dejándonos en la memoria figuras como la de Joaquín Lenzina, Ansina, fiel compañero del Prócer Artigas o el Sargento Ledesma, el último de los soldados orientales que acompañaron al exilio al prócer oriental, localizadopor el gobierno uruguayo en Paraguay aún vivo en 1884.

Junto a los distintos sectores de la población, y englobándolos en el profundo mestizaje físico y cultural de esta zona de frontera, se encontraba el Gaucho, siempre al filo de la legalidad y amante de la libertad, matrero, asaltante y contrabandista para las autoridades, cuando no se dedicaba a las actividades rurales, en la reducida población de este país paso a constituir una base fundamental del ejército artiguista y se ha convertido en símbolo de las luchas libertadoras.
Sobre esta base poblacional se conformó la lucha revolucionaria que finalmente culminará con la independencia de Uruguay.

Sala 2 Gênesis

A condição de fronteira disputada do nosso território entre duas grandes potências, Espanha e Portugal, desde o final do século XVII com a fundação da Colônia do Sacramento, às quais se somam a presença das Missões Jesuíticas e o advento das Invasões Inglesas de 1806-7, não apenas deixou restos materiais, como as Fortalezas Gral. Artigas (do Cerro), de Santa Teresa ou o Forte de São Miguel, mas também forjou um espírito militar na nascente sociedade oriental.

Como consequência, numerosas unidades “veteranas” espanholas e portuguesas tiveram sua guarnição nessas terras. Nomes de regimentos espanhóis como o “Burgos” ou o “Saboya” e portugueses como o “da Colônia” ou o “São Pedro” deixaram sua marca indelével em nossa história militar.

Este esforço militar desenvolvido pelas metrópoles europeias foi apoiado cada vez mais por tropas compostas por combatentes crioulos, oficiais e soldados nascidos na América, que passaram pelo duro aprendizado que o ofício militar daquela época impunha. Veremos então o surgimento de milícias crioulas como as de “Infantaria e Cavalaria de Montevidéu”, os “Caçadores de Montevidéu” ou os “Hussardos Voluntários”, junto a corpos crioulos do Exército Regular como o Corpo Veterano de Blandengues da Fronteira de Montevidéu.

Mas os europeus e os crioulos não são os únicos que atuam; junto a eles, em uma Banda Oriental multirracial, encontra-se a população indígena, com uma grande presença em dois lados:

Os índios guaranis missioneiros, aculturados pelas Missões Jesuítas, tiveram grande importância na defesa espanhola e, posteriormente, no exército artiguista, destacando-se a figura do Capitão General Andres Guacurarí Artigas.

Em outro contexto, os indígenas refratários à aculturação europeia que habitavam a região, sendo os mais conhecidos os Minuanos e Charruas, com o início das guerras de Independência, alguns grupos se incorporaram às forças artiguistas, destacando-se entre seus caciques Manuel Artigas “El Caciquillo”, cujas forças atuavam como avançadas ou guerrilhas para as forças revolucionárias.

Além disso, a população afrodescendente, escravizada ou liberta, representava uma presença importante na população, já que Montevidéu era um porto autorizado para o tráfico de escravos. Presentes nas milícias espanholas como libertos, com o início das lutas pela liberdade, muitos de seus integrantes se uniram à revolução, formando milícias e o Batalhão de Libertos Orientais, deixando-nos na memória figuras como Joaquín Lenzina, Ansina, fiel companheiro do Prócer Artigas, ou o Sargento Ledesma, o último dos soldados orientais que acompanhou o exílio do prócer oriental, localizado pelo governo uruguaio no Paraguai ainda vivo em 1884.

Junto aos diferentes setores da população, e englobando-os na profunda mestiçagem física e cultural dessa zona de fronteira, encontrava-se o Gaúcho, sempre no limite da legalidade e amante da liberdade, fora-da-lei, assaltante e contrabandista para as autoridades, quando não se dedicava às atividades rurais. Na reduzida população deste país, tornou-se uma base fundamental do exército artiguista e converteu-se em símbolo das lutas libertadoras.

Sobre esta base populacional foi conformada a luta revolucionária que finalmente culminará com a independência do Uruguai.

Room 2 Genesis

The disputed border condition of our territory between two great powers, Spain and Portugal, since the late 17th century with the founding of Colonia del Sacramento, along with the presence of Jesuit Missions and the advent of the British Invasions of 1806-7, not only left material remains, like the Fortresses Gral. Artigas (of Cerro), Santa Teresa, or the San Miguel Fort, but also forged a military spirit in the emerging Oriental society.

As a result, numerous “veteran” Spanish and Portuguese units were garrisoned in these lands. Names of Spanish regiments like the «Burgos» or «Saboya» and Portuguese ones like «da Colônia» or «São Pedro» left their indelible mark on our military history.

This military effort undertaken by the European metropolises increasingly relied on troops comprised of Creole fighters, officers, and soldiers born in America, who underwent the harsh training demanded by the military arts of that time. We then see the emergence of Creole militias such as the “Infantry and Cavalry of Montevideo,” the “Montevideo Hunters,” or the “Volunteer Hussars” alongside Creole units of the Regular Army like the Veteran Corps of Blandengues of the Montevideo Frontier.

However, the Europeans and the Creoles are not the only ones involved; alongside them, in a multiracial Banda Oriental, we find the Indigenous population, with a significant presence in two distinct groups:

The Guarani mission Indians, acculturated by the Jesuit Missions, would hold great importance in the Spanish defense and later in the Artiguist army, especially represented by Captain General Andres Guacurari Artigas.

In another sphere, the Indigenous people resistant to European acculturation who lived in the area, the most well-known being the Minuanes and Charruas, with the onset of the Independence wars, saw some groups join the Artiguist forces, with their chiefs like Manuel Artigas “El Caciquillo,” whose forces served as vanguards or guerrillas for the revolutionary forces.

Additionally, the Afro-descendant population, enslaved or free, was an important presence in the population as Montevideo was an authorized port for the slave trade. Present in the Spanish militias as freedmen, with the start of the liberation struggles, many joined the revolution, forming militias and the Eastern Freedmen Battalion, leaving us figures in memory like Joaquín Lenzina, Ansina, faithful companion of the National Hero Artigas, or Sergeant Ledesma, the last of the Eastern soldiers who accompanied the exile of the national hero, located by the Uruguayan government in Paraguay still alive in 1884.

Alongside the various sectors of the population, and encompassing them in the deep physical and cultural miscegenation of this border region, was the Gaucho, always on the edge of legality and a lover of freedom, considered an outlaw, raider, and smuggler by the authorities when not engaged in rural activities. In the small population of this country, he became a fundamental base of the Artiguist army and a symbol of the liberation struggles.

This population base shaped the revolutionary struggle that would eventually culminate in the independence of Uruguay.